30May

Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas por relações de causalidade.

 A crença determina que qualquer acontecimento ocorre de forma conexa à outros de uma maneira já fixada, seja por um plano sobrenatural ou pelas leis da natureza. 

A teoria defende ainda, que todos os acontecimentos ocorrem devido ao decurso natural, por uma causa específica, e devem de fato acontecer.

 Desta forma, os acontecimentos atuais tornam possíveis previsões de acontecimentos futuros, uma vez que todos os fenômenos estão interligados e que tudo está predeterminado.

 São leis necessárias e imutáveis, concluindo que as ações e o comportamento humano estão predeterminados pela natureza, e que a liberdade é uma ilusão subjetiva.




Tipos de determinismo


Dentro da teoria filosófica do determinismo, existem três tipos:


Pré-determinismo: de acordo com este tipo de determinismo, supõe-se que todos os efeitos estão conectados totalmente em suas causas, sendo considerado um determinismo mecanicista. A determinação, neste, é colocada no passado, ocasionando em uma cadeia causal explicada por completo pelas condições iniciais do universo.



Pós-determinismo: nesse caso, as causalidades são determinadas por algum motivo, ou seja, a determinação é vista no futuro e ligada a algo exterior, como um deus.


Co-determinismo: assim como a teoria do caos, todos os efeitos podem interagir com outros efeitos, de forma a causar uma realidade em nível diferente das outras causas. É como se um efeito de uma causa anterior, se tornasse a causa de um novo efeito, gerando desta forma níveis de realidades diferentes. Pode-se usar como exemplo a interação no nível molecular, que forma um outro nível de realidade, a vida. Ou então a interação entre indivíduos que gera uma realidade de outro nível, a sociedade. A determinação, neste caso, é colocada no presente ou na simultaneidade dos processos.



Críticos: determinismo vs. liberdade


A não-causalidade é usada por alguns estudiosos para justificar a livre escolha e o livre arbítrio. Os críticos do determinismo afirmam que o desejo e a vontade dos animais existem em um universo diferente do causal, no entanto, para os deterministas, estes críticos não levam em conta o terceiro tipo, o co-determinismo, que leva em consideração a causalidade que possui outros níveis de realidade. Neste, cada nível de realidade contém uma consistência que lhe dá autonomia, mas sem nunca parar de interagir com os outros.



O livre-arbítrio não existe, segundo os neurocientistas


Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne






Saber se os homens são capazes de fazer escolhas e eleger o seu caminho, ou se não passam de joguetes de alguma força misteriosa, tem sido há séculos um dos grandes temas da filosofia e da religião. De certa maneira, a primeira tese saiu vencedora no mundo moderno. 

Vivemos no mundo de Cássio, um dos personagens da tragédia Júlio César, de William Shakespeare. No começo da peça, o nobre Brutus teme que o povo aceite César como rei, o que poria fim à República, o regime adotado por Roma desde tempos imemoriais.

 Ele hesita, não sabe o que fazer. É quando Cássio procura induzi-lo à ação. Seu discurso contém a mais célebre defesa do livre-arbítrio encontrada nos livros. “Há momentos”, diz ele, “em que os homens são donos de seu fado. Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos.” 


Como nem sempre é o caso com os temas filosóficos, a crença no livre-arbítrio tem reflexos bastante concretos no “mundo real”. A maneira como a lei atribui responsabilidade às pessoas ou pune criminosos, por exemplo, depende da ideia de que somos livres para tomar decisões, e portanto devemos responder por elas. 

Mas a vitória do livre-arbítrio nunca foi completa. Nunca deixaram de existir aqueles que acreditam que o destino está escrito nas estrelas, é ditado por Deus, pelos instintos, ou pelos condicionamentos sociais. Recentemente, o exército dos deterministas – para usar uma palavra que os engloba – ganhou um reforço de peso: o dos neurocientistas. 

Eles são enfáticos: o livre-arbítrio não é mais que uma ilusão. E dizem isso munidos de um vasto arsenal de dados, colhidos por meio de testes que monitoram o cérebro em tempo real. O que muda se de fato for assim? 

Mais rápido que o pensamento – Experimentos que vêm sendo realizados por cientistas há anos conseguiram mapear a existência de atividade cerebral antes que a pessoa tivesse consciência do que iria fazer. Ou seja, o cérebro já sabia o que seria feito, mas a pessoa ainda não. Seríamos como computadores de carne – e nossa consciência, não mais do que a tela do monitor. 


Talvez seja o experimento mais famoso da neurociência: em 1983, o psicólogo Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, causou polêmica com sua demonstração de que a noção de livre arbítrio pode ser uma ilusão.


''Livre Vontade''

No experimento, voluntários eram equipados com eletrodos na cabeça e deveriam escolher entre mover um dedo na mão direita ou um dedo na mão esquerda.

Os participantes eram instruídos a "deixar a vontade aparecer sozinha, sem planejar e sem se concentrar em quando agir". O exato momento em que faziam o movimento era anotado.

Com um ponteiro que dá uma volta completa a cada 2,56 segundos, o relógio usado no teste tinha sido projetado especialmente para permitir que os voluntários percebessem mudanças de menos de um segundo.

Libet pediu ainda que os voluntários reportassem o momento exato em que tomavam a decisão de se mexer.


Resultado surpreendente

Há décadas, fisiologistas já sabiam que uma fração de segundos antes dos movimentos, sinais elétricos no cérebro se modificam. Isso aconteceu também durante o experimento de Libet. 

Mas o resultado surpreendente foi o fato de que o momento que os participantes relataram como sendo o da decisão ocorria depois destes impulsos cerebrais e antes do movimento em si.

Isso significa que a sensação de ter tomado uma decisão não correspondia ao que causava o movimento.

Os registros dos eletrodos mostraram que a decisão, de alguma forma, já tinha sido tomada antes de os participantes perceberem. Os sinais no cérebro já estavam mudando antes da experiência subjetiva de realizar a escolha.

Será que o cérebro dos participantes realmente já tinha decidido? Será que a sensação de escolha era apenas uma ilusão? 


As controvérsias geradas pelo experimento de Libet só ganharam volume desde então.

Somos confiáveis?


A experiência não é a única que tenta demonstrar relações entre o livre arbítrio e a neurociência.


Mas a sua simplicidade chamou a atenção de muitos que acreditam que a nossa existência como ser vivo limita a vontade própria, assim como aqueles que argumentam que o livre arbítrio sobrevive aos desafios da mente por estar firmemente baseado em nossos cérebros fisiologicamente.

Parte do apelo do experimento de Libet vem de duas suposições sobre a mente humana que acreditamos serem "fatos consumados".

A primeira é a ideia de que a mente é algo separado do corpo físico – um dualismo natural que nos leva a acreditar que a mente é um lugar puro e abstrato, livre de limitações biológicas.

A segunda suposição que temos – e que torna o estudo surpreendente – é a crença de que conhecemos nossas próprias mentes. Por causa disso, acreditamos que a nossa experiência subjetiva de tomar decisões é um relato preciso sobre como essas decisões são tomadas.

Mas a verdade é que não há motivos concretos para pensarmos que somos relatores confiáveis de todos os aspectos de nossas mentes. A psicologia, aliás, fornece vários exemplos de como erramos com frequência nesse aspecto.

A sensação de decisão no experimento de Libet pode ser uma ilusão completa. Talvez a verdadeira escolha seja feita pelo inconsciente. Ou talvez a percepção da escolha seja atrasada no cérebro em relação à decisão em si.




 Um pouco de Reflexão 


''Seria o destino ou o acaso?''


Antes de ler esse Blog qual era a sua concepção da vida? 


Você acreditava que tudo já havia sido determinado?

Você acreditava que o futuro era incerto?



''O que é verdade?''



Vivemos em um mundo totalmente imprevisível, no qual uma pequena escolha pode mudar completamente a nossa vida e a vida das pessoas em nossa volta. Seria isso tudo uma manipulação ou não?


Um pequeno exemplo de determinismo e manipulação:


Você esta diante de 4 portas, está com pressa pois tem um compromisso muito importante, por qual porta ir?


 Vermelha: Após passar pela porta você vê uma longa escadaria, se correr consegue chegar a tempo para seu compromisso, entretanto a escada estava escorregadia, por descuido seu, você cai e machuca a perna de forma que não conseguiria chegar a tempo para seu compromisso.


Amarela: Após passar pela porta você se vê diante de um elevador, bem conveniente pensa, entra rapidamente nele sem perceber que o mesmo estava cheio. Impaciente você resolve sair de lá o mais rápido possível, empurra todos que estão em volta e felizmente consegue sair, porém acaba tropeçando e machuca o pé. Sendo assim não consegue chegar a tempo para seu compromisso.

 

 Marrom: Após passar pela porta você resolve pegar um ônibus, era um dia de muita chuva então havia muito transito, impaciente você avisa o motorista que vai descer, por descuido você tropeça nos degraus do ônibus e desloca o pé. Isso te impossibilita de ir para o seu compromisso.


Azul: Após passar pela porta você precisa apenas atravessar a rua para chegar em seu compromisso, impaciente você resolve atravessar sem ver se o sinal abriu, consequentemente você é atropelado e sua perna é gravemente ferida. Com isso não dá para ir até seu compromisso.



Resultado:

Eu lhe dei 4 opções de caminho a seguir, você com seu livre-arbítrio escolheu uma e seguiu com a vida, tendo assim um final bom ou ruim. Vamos analisar um pouco isso, note que não importa qual tenha sido a sua escolha o final seria o mesmo, você machucaria o pé ou a perna  não podendo ir até seu compromisso, ou seja, não importa o caminho você iria cair diretamente no final que escrevi para você. Tudo havia sido determinado dês do começo, apenas lhe dei uma falsa ideia de livre-arbítrio. Mas seria tudo verdade mesmo? ou eu apenas estou te manipulando para crer que foi tudo determinado?


''Verdadeiro ou falso?''


A resposta certa é ''Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você'' Eu lhe dei opções, porém quem moldou o caminho após isso foi você mesmo, perceba que por conta de sua impaciência tudo isso aconteceu, viu como uma pequena coisa interferiu em seu destino? E se nunca tivesse sido impaciente? O que teria acontecido? A resposta para essa pergunta é um mistério.



Foi seu destino ou o acaso?



Talvez realmente exista o determinismo e estamos fadados a um destino, pode ser que não importa o caminho ou escolha estamos indo em direção a um único fim.


Talvez não haja nada disso e o futuro seja um mistério, pode ser que o ''Fim'' ainda seja incerto e imprevisível.


Pode ser que nossas escolhas nos levem a outros finais.


Mas de uma coisa sabemos, 

Toda pequena escolha que fazemos tem uma consequência, cabe a nós mesmos decidir o que fazer depois.




Escolha com sabedoria!



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