Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas por relações de causalidade.
A crença determina que qualquer acontecimento ocorre de forma conexa à outros de uma maneira já fixada, seja por um plano sobrenatural ou pelas leis da natureza.
A teoria defende ainda, que todos os acontecimentos ocorrem devido ao decurso natural, por uma causa específica, e devem de fato acontecer.
Desta forma, os acontecimentos atuais tornam possíveis previsões de acontecimentos futuros, uma vez que todos os fenômenos estão interligados e que tudo está predeterminado.
São leis necessárias e imutáveis, concluindo que as ações e o comportamento humano estão predeterminados pela natureza, e que a liberdade é uma ilusão subjetiva.
Dentro da teoria filosófica do determinismo, existem três tipos:
Pré-determinismo: de acordo com este tipo de determinismo, supõe-se que todos os efeitos estão conectados totalmente em suas causas, sendo considerado um determinismo mecanicista. A determinação, neste, é colocada no passado, ocasionando em uma cadeia causal explicada por completo pelas condições iniciais do universo.
Pós-determinismo: nesse caso, as causalidades são determinadas por algum motivo, ou seja, a determinação é vista no futuro e ligada a algo exterior, como um deus.
Co-determinismo: assim como a teoria do caos, todos os efeitos podem interagir com outros efeitos, de forma a causar uma realidade em nível diferente das outras causas. É como se um efeito de uma causa anterior, se tornasse a causa de um novo efeito, gerando desta forma níveis de realidades diferentes. Pode-se usar como exemplo a interação no nível molecular, que forma um outro nível de realidade, a vida. Ou então a interação entre indivíduos que gera uma realidade de outro nível, a sociedade. A determinação, neste caso, é colocada no presente ou na simultaneidade dos processos.
A não-causalidade é usada por alguns estudiosos para justificar a livre escolha e o livre arbítrio. Os críticos do determinismo afirmam que o desejo e a vontade dos animais existem em um universo diferente do causal, no entanto, para os deterministas, estes críticos não levam em conta o terceiro tipo, o co-determinismo, que leva em consideração a causalidade que possui outros níveis de realidade. Neste, cada nível de realidade contém uma consistência que lhe dá autonomia, mas sem nunca parar de interagir com os outros.
Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne
Saber se os homens são capazes de fazer escolhas e eleger o seu caminho, ou se não passam de joguetes de alguma força misteriosa, tem sido há séculos um dos grandes temas da filosofia e da religião. De certa maneira, a primeira tese saiu vencedora no mundo moderno.
Vivemos no mundo de Cássio, um dos personagens da tragédia Júlio César, de William Shakespeare. No começo da peça, o nobre Brutus teme que o povo aceite César como rei, o que poria fim à República, o regime adotado por Roma desde tempos imemoriais.
Ele hesita, não sabe o que fazer. É quando Cássio procura induzi-lo à ação. Seu discurso contém a mais célebre defesa do livre-arbítrio encontrada nos livros. “Há momentos”, diz ele, “em que os homens são donos de seu fado. Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos.”
Como nem sempre é o caso com os temas filosóficos, a crença no livre-arbítrio tem reflexos bastante concretos no “mundo real”. A maneira como a lei atribui responsabilidade às pessoas ou pune criminosos, por exemplo, depende da ideia de que somos livres para tomar decisões, e portanto devemos responder por elas.
Mas a vitória do livre-arbítrio nunca foi completa. Nunca deixaram de existir aqueles que acreditam que o destino está escrito nas estrelas, é ditado por Deus, pelos instintos, ou pelos condicionamentos sociais. Recentemente, o exército dos deterministas – para usar uma palavra que os engloba – ganhou um reforço de peso: o dos neurocientistas.
Eles são enfáticos: o livre-arbítrio não é mais que uma ilusão. E dizem isso munidos de um vasto arsenal de dados, colhidos por meio de testes que monitoram o cérebro em tempo real. O que muda se de fato for assim?
Mais rápido que o pensamento – Experimentos que vêm sendo realizados por cientistas há anos conseguiram mapear a existência de atividade cerebral antes que a pessoa tivesse consciência do que iria fazer. Ou seja, o cérebro já sabia o que seria feito, mas a pessoa ainda não. Seríamos como computadores de carne – e nossa consciência, não mais do que a tela do monitor.
Talvez seja o experimento mais famoso da neurociência: em 1983, o psicólogo Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, causou polêmica com sua demonstração de que a noção de livre arbítrio pode ser uma ilusão.
''Livre Vontade''
No experimento, voluntários eram equipados com eletrodos na cabeça e deveriam escolher entre mover um dedo na mão direita ou um dedo na mão esquerda.
Os participantes eram instruídos a "deixar a vontade aparecer sozinha, sem planejar e sem se concentrar em quando agir". O exato momento em que faziam o movimento era anotado.
Com um ponteiro que dá uma volta completa a cada 2,56 segundos, o relógio usado no teste tinha sido projetado especialmente para permitir que os voluntários percebessem mudanças de menos de um segundo.
Libet pediu ainda que os voluntários reportassem o momento exato em que tomavam a decisão de se mexer.
Há décadas, fisiologistas já sabiam que uma fração de segundos antes dos movimentos, sinais elétricos no cérebro se modificam. Isso aconteceu também durante o experimento de Libet.
Mas o resultado surpreendente foi o fato de que o momento que os participantes relataram como sendo o da decisão ocorria depois destes impulsos cerebrais e antes do movimento em si.
Isso significa que a sensação de ter tomado uma decisão não correspondia ao que causava o movimento.
Os registros dos eletrodos mostraram que a decisão, de alguma forma, já tinha sido tomada antes de os participantes perceberem. Os sinais no cérebro já estavam mudando antes da experiência subjetiva de realizar a escolha.
Será que o cérebro dos participantes realmente já tinha decidido? Será que a sensação de escolha era apenas uma ilusão?
As controvérsias geradas pelo experimento de Libet só ganharam volume desde então.
A experiência não é a única que tenta demonstrar relações entre o livre arbítrio e a neurociência.
Mas a sua simplicidade chamou a atenção de muitos que acreditam que a nossa existência como ser vivo limita a vontade própria, assim como aqueles que argumentam que o livre arbítrio sobrevive aos desafios da mente por estar firmemente baseado em nossos cérebros fisiologicamente.
Parte do apelo do experimento de Libet vem de duas suposições sobre a mente humana que acreditamos serem "fatos consumados".
A primeira é a ideia de que a mente é algo separado do corpo físico – um dualismo natural que nos leva a acreditar que a mente é um lugar puro e abstrato, livre de limitações biológicas.
A segunda suposição que temos – e que torna o estudo surpreendente – é a crença de que conhecemos nossas próprias mentes. Por causa disso, acreditamos que a nossa experiência subjetiva de tomar decisões é um relato preciso sobre como essas decisões são tomadas.
Mas a verdade é que não há motivos concretos para pensarmos que somos relatores confiáveis de todos os aspectos de nossas mentes. A psicologia, aliás, fornece vários exemplos de como erramos com frequência nesse aspecto.
A sensação de decisão no experimento de Libet pode ser uma ilusão completa. Talvez a verdadeira escolha seja feita pelo inconsciente. Ou talvez a percepção da escolha seja atrasada no cérebro em relação à decisão em si.
''Seria o destino ou o acaso?''
Antes de ler esse Blog qual era a sua concepção da vida?
Você acreditava que tudo já havia sido determinado?
Você acreditava que o futuro era incerto?
''O que é verdade?''
Vivemos em um mundo totalmente imprevisível, no qual uma pequena escolha pode mudar completamente a nossa vida e a vida das pessoas em nossa volta. Seria isso tudo uma manipulação ou não?
Um pequeno exemplo de determinismo e manipulação:
Você esta diante de 4 portas, está com pressa pois tem um compromisso muito importante, por qual porta ir?
Vermelha: Após passar pela porta você vê uma longa escadaria, se correr consegue chegar a tempo para seu compromisso, entretanto a escada estava escorregadia, por descuido seu, você cai e machuca a perna de forma que não conseguiria chegar a tempo para seu compromisso.
Amarela: Após passar pela porta você se vê diante de um elevador, bem conveniente pensa, entra rapidamente nele sem perceber que o mesmo estava cheio. Impaciente você resolve sair de lá o mais rápido possível, empurra todos que estão em volta e felizmente consegue sair, porém acaba tropeçando e machuca o pé. Sendo assim não consegue chegar a tempo para seu compromisso.
Marrom: Após passar pela porta você resolve pegar um ônibus, era um dia de muita chuva então havia muito transito, impaciente você avisa o motorista que vai descer, por descuido você tropeça nos degraus do ônibus e desloca o pé. Isso te impossibilita de ir para o seu compromisso.
Azul: Após passar pela porta você precisa apenas atravessar a rua para chegar em seu compromisso, impaciente você resolve atravessar sem ver se o sinal abriu, consequentemente você é atropelado e sua perna é gravemente ferida. Com isso não dá para ir até seu compromisso.
Eu lhe dei 4 opções de caminho a seguir, você com seu livre-arbítrio escolheu uma e seguiu com a vida, tendo assim um final bom ou ruim. Vamos analisar um pouco isso, note que não importa qual tenha sido a sua escolha o final seria o mesmo, você machucaria o pé ou a perna não podendo ir até seu compromisso, ou seja, não importa o caminho você iria cair diretamente no final que escrevi para você. Tudo havia sido determinado dês do começo, apenas lhe dei uma falsa ideia de livre-arbítrio. Mas seria tudo verdade mesmo? ou eu apenas estou te manipulando para crer que foi tudo determinado?
''Verdadeiro ou falso?''
A resposta certa é ''Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você'' Eu lhe dei opções, porém quem moldou o caminho após isso foi você mesmo, perceba que por conta de sua impaciência tudo isso aconteceu, viu como uma pequena coisa interferiu em seu destino? E se nunca tivesse sido impaciente? O que teria acontecido? A resposta para essa pergunta é um mistério.
Foi seu destino ou o acaso?
Talvez realmente exista o determinismo e estamos fadados a um destino, pode ser que não importa o caminho ou escolha estamos indo em direção a um único fim.
Talvez não haja nada disso e o futuro seja um mistério, pode ser que o ''Fim'' ainda seja incerto e imprevisível.
Pode ser que nossas escolhas nos levem a outros finais.
Mas de uma coisa sabemos,
Toda pequena escolha que fazemos tem uma consequência, cabe a nós mesmos decidir o que fazer depois.
Escolha com sabedoria!